Do ponto de vista da diversidade geomorfológica, na Quarta Colônia encontramos dois grandes grupos de formas de relevo:
1) O primeiro grande grupo se refere às paisagens formadas no centro-norte do território, sob o domínio dos derrames de lavas da Formação Serra Geral há aproximadamente 120 milhões de anos atrás. Então, neste grupo de formas de relevo, encontram-se morros testemunhos (como o Morro Agudo), cascatas, escarpas erosivas, colúvios, cânions e vales. É a área de domínio da Mata Atlântica.
2) O segundo grande grupo de formas de relevo se refere às paisagens formadas no centro-sul do território, com topografia muito mais plana e recoberta pelos sedimentos trazidos pela erosão das partes mais altas. Aí nesta porção encontram-se coxilhas, ravinas, planícies aluviais, meandros abandonados (curvas abandonadas dos rios em formatos de ferradura, que vão sendo preenchidos por sedimentos) e meandros ativos (aquelas curvas bem fechadas por onde o rio passa, quase no formato de uma ferradura e que no futuro, tendem a ser "estranguladas" e abandonadas pelo rio).
Estes dois grandes grupos aparecem no mapa em anexo (o grupo 1 em tons de amarelo até marrom, e o grupo 2 em tons de verde).
As rochas que formam o território do futuro geoparque também são de extrema relevância para a certificação da região. As áreas elevadas, incluindo os morros, são remanescentes de arenitos e basaltos depositados entre os períodos Jurássico e Cretáceo, (numa faixa de tempo entre 150 milhões e 125 milhões de anos atrás). Enquanto os arenitos são testemunhos de um grande deserto que outrora cobriu boa parte da América do Sul (o Deserto Botucatu), os basaltos marcam a ruptura do supercontinente Gondwana, que unia a parte meridional da América do Sul à África, à Indonésia e à Austrália. Mais esparsos são os registros de rochas cenozóicas, sobretudo do Pleistoceno, embora algumas localidades ainda possam ser encontradas na região da Quarta Colônia, incluindo raros registros fósseis.
Texto produzido por Adriano Severo Figueiró.
Revisão feita por Bianca Guimarães e Natália Huber.
